1. Fala-nos um pouco da Joana,
[J] Tenho 26 anos, sou alfacinha de gema mas sou feliz desde sempre na margem sul do Tejo. Sempre tive uma sede muito grande por conhecimento, em saber mais, conhecer mais e aprender mais. Sou apaixonada por animais desde que me lembro de existir, e foi pela ingénua ideia de querer salvar o mundo que orgulhosamente me formei em Engenharia do Ambiente.
2. Quando é que começa o teu dia?
3. O que é que não pode faltar em cima da tua mesa de trabalho?
[J] Gosto de ter espaço e por isso só mesmo o indispensável. O meu computador, a minha agenda, água e snacks, porque como religiosamente de 3 em 3 horas e não consigo pensar com fome. (risos)
4. Como e quando é que surgiu a Cactus?
[J] Sempre soube que tinha de criar algo meu, com o qual me identificasse e que fosse de acordo com a minha formação e com os meus ideais. Hoje em dia, optar por produtos biológicos e ecológicos é algo muito comum, seja na alimentação ou até na cosmética, que cada vez é mais orgânica. Adoro usufruir do conforto da minha casa e acender velas é uma rotina diária, até que houve um dia não as acendi. Percebi que existia uma grande lacuna nas nossas casas e que era urgente criar alternativas mais seguras. A maioria das pessoas não sabe, mas 99% das velas disponíveis no mercado são feitas de parafina. Sendo um restício do petróleo é muito barata, mas infelizmente emite as mesmas toxicidades para o ar e pode ser perigosa. Por isto, rapidamente decidi criar as minhas próprias velas combinando tudo aquilo com que me identifico, desde o conceito eco-friendly ao design. Como matéria-prima uso a soja, vegetal, natural e não tóxica. Não sendo emitidas toxinas na nossa casa, os nossos pulmões ficam mais limpos e o Ambiente também. Devido ao seu ponto de fusão muito elevado, queimam muito mais lentamente e acabam por ser muito mais duradouras do que uma vela normal. Foi assim que nasceu a Cactus, no início de Outubro de 2016.
5. Descreve-nos o teu dia. Um dia comum
[J] Resumidamente? Stressante! Depois de acordar, levar os cães à rua e despachar-me para sair de casa, chego ao meu primeiro trabalho mais ou menos pelas 08:30 até as 17:30, 18:00 ou mais tarde consoante for necessário. Tenho a facilidade de poder trabalhar de casa quando preciso, mas desenganem-se se pensam que é maravilhoso porque trabalho o dobro do que no escritório. Sou desafiada diariamente em diferentes aspectos e foi neste sítio onde mais cresci. Na Cactus, o meu segundo trabalho, a chefe sou eu, mas não é por isso que se torna mais fácil. Os horários são até mais complicados. Quando o número de encomendas é mais elevado do que o habitual, trabalho noite fora. E Independentemente das horas a que me tenha deitado, às 06:30 ou 07:00 acordo porque no trabalho nº1 espera-me mais um dia. Entre um e outro tento treinar todos os dias e ter tempo para os amigos. Felizmente tenho um namorado como os que existem nos filmes e faz com que tudo seja mais fácil.
6. Para trabalhar: sozinha ou acompanhada?
[J] Consigo facilmente trabalhar de qualquer das formas, sozinha ou acompanhada, no entanto na concepção de um projecto e na parte criativa, numa fase inicial, gosto muito mais de trabalhar sozinha.
7. O que não pode faltar na mesa de cabeceira?
[J] Em cima da minha mesa de cabeceira costumo ter velas e livros. Actualmente a de baunilha e o "Zero Waste", da Bea Johnson.
8. Rotinas matinais...Conta-nos.
[J] A primeira coisa que faço de manhã é organizar o meu dia. Não abdico da minha agenda e preciso de escrever tudo o que tenho para fazer, seja pessoal ou profissional.
9. O que é que a tua marca te trouxe de melhor?
[J] Realização pessoal.
10. O teu Instagram é fantástico e as fotografias são tão coerentes. Qual consideras que seja a chave para ter sucesso e para criar uma comunidade fiel?
[J] Não existe uma chave para o sucesso e estou longe de perceber alguma coisa de fotografia. As minhas partilhas reflectem o meu gosto pela decoração e as minhas seguidoras são mulheres super conscientes da problemática do Ambiente, com imenso bom gosto e casas giríssimas, que acreditam que com pequenas mudanças se alcançam grandes coisas. A elas, e a eles também, mesmo que em minoria, um obrigada!
11. Partilha connosco quais os teus maiores medos durante esta tua jornada. E quais as maiores forças?
[J] Há sempre medo de falhar, e é por este medo que quando é preciso trabalho noites fora para não falhar nenhuma entrega. Há também o medo de que as coisas simplesmente não resultem e leva o seu tempo para nos posicionarmos correctamente no mercado, é preciso ter-se consciência disso. E se as pessoas não gostarem? A opinião e aprovação dos outros é o maior bicho-papão, mas a chave está aqui, porque tudo aquilo que eu faço me reflecte. Combina o meu gosto com os meus ideais e princípios. Tudo o que faço é para mim e por mim, porque seria hipócrita se com o conhecimento que tenho optasse por estar parada num mundo onde existe tanta coisa que se pode mudar. Não estou parada e lembrar-me disto é a maior força.
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