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Let's talk with // Telma, Telma Mota Jewelry


A Telma tem um talento maravilhoso. Com um curso superior que nada tem a ver com o seu trabalho a full time, é a prova que quando temos um sonho conseguimos chegar onde queremos.

Fiquem a conhecer um bocadinho melhor esta miúda linda.

1. Fala-nos um pouco da Telma.

[TM]: Sou uma nortenha de 37 anos que gosta de estar com a família e amigos, cozinhar, viajar e passear. Gosto de ler, gosto de ouvir música enquanto trabalho. Estudei Economia mas a arte e a possibilidade de desenhar e construir algo com as mãos sempre foi muito mais apaixonante do que os números e acabei por estudar Joalharia e criar a Telma Mota Jewellery e hoje faço o que mais gosto.

2. Quando é que começa o teu dia? [TM]: O meu dia começa logo cedo, por volta das 8h com o pequeno almoço e saio logo depois para o atelier.

3. Quando e como é que surgiu o teu projeto Telma Mota Jewellery?

[TM]: As artes sempre foram o espaço onde me sentia mais confortável. Em criança, o que mais gostava de fazer era ir para a oficina do meu avô construir coisas com os pedaços de madeira e cola que ele me dava (depois de os lixar criteriosamente para eu não meter lascas nas mãos). Na escola, sempre foi a minha disciplina favorita mas (não sei bem porquê) acabei por estudar Ciências e depois Economia. A verdade é que em paralelo sempre tive alguma atividade criativa. Fiz bijuteria, experimentei pintura decorativa, feltro mas sempre tive um fascínio pela joalharia e a Telma Mota Jewellery surgiu como resultado de tudo isso, em 2013, quando me dediquei a 100% à joalharia de autor, depois de perceber que não seria feliz em qualquer outro sítio.

4. O que é que não pode faltar em cima da tua mesa de trabalho?

[TM]: As minhas ferramentas básicas (e são muitas) sem as quais não posso trabalhar, prata em diferentes formatos (que é a principal matéria-prima que utilizo) e o telemóvel. Também não pode faltar uma garrafa de água e música.

5. Descreve-nos o teu dia. Um dia comum.

[TM]: Os meus dias nunca são iguais. Há dias em que entro no atelier de manhã e saio só ao final do dia e em que apenas produzo peças e trato de encomendas. Outros são passados a pesquisar, desenhar e experimentar técnicas ou materiais que darão depois origem a novas peças ou coleções e há dias em que é preciso sair e tratar de serviços fora e, nesses dias, aproveito para encontrar uma ou outra amiga para almoçar ou lanchar.

6. Para trabalhar: sozinha ou acompanhada?

[TM]: Depende. Gosto de ter companhia mas para criar, gosto de estar apenas eu, os meus cadernos e materiais e música de fundo.

7. O que é que a tua marca te trouxe de melhor?

[TM]: Poder fazer o que mais gosto. Também me ensinou a ser mais focada e organizada, não que antes não o fosse, (chego ao cumulo de organizar o meu roupeiro por cores) mas, quando somos donas do nosso próprio negócio e quando todas as vertentes desse negócio dependem apenas de nós, precisamos de ser muito focadas e organizadas naquilo que fazemos para que tudo dê certo.

8. Onde vais buscar inspiração para que as tuas peças sejam lindas e tão originais como são?

[TM]: A inspiração pode surgir de muitas formas: num local, num objecto, numa imagem ou até numa simples planta. A natureza é uma grande fonte de inspiração. Muitas vezes uma peça também surge fazendo experiências com o próprio material.

9. Se pudesses dar três conselhos a quem está a criar a sua própria marca, quais seriam?

[TM]: Audácia, persistência e trabalho. Audácia porque é preciso arriscar para perseguirmos os nossos sonhos, persistência porque é fácil desistir à primeira dificuldade e trabalho porque sem ele nada se consegue.

10. Qual consideras que seja a chave para ter sucesso e para criar uma comunidade fiel?

[TM]: Apostar na qualidade, nos detalhes, numa boa e próxima comunicação com as clientes e apresentar novidades regularmente são fatores muito importantes que fazem as pessoas voltar.

11. Partilha connosco quais os teus maiores medos durante esta tua jornada. E quais as maiores forças?

[TM]: Eu sempre fui mais de “fazer primeiro e pensar depois” mas com os erros aprendi a ser mais ponderada e a pensar mais e, talvez o meu maior medo hoje em dia, seja dar um passo maior do que a perna. A maior força é ver as pessoas admirar e usar as minhas joias porque isso me deixa de coração cheio e com vontade de fazer mais e melhor. 12. Onde te imaginas daqui a 5 anos?

[TM]: Ter um atelier/loja super giro, numa rua super gira e com espaço para receber as minhas clientes é uma coisa que gostaria muito, talvez daqui a 5 anos?! Quem sabe… ;) mas sem dúvida imagino-me a fazer crescer a Telma Mota Jewellery.

With love, JL

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